Poema não escrito

Passo apenas para deixar um poema. Depois de tanto tempo, consegui voltar a escrever ao menos uma vez. Espero que gostem.

Poema não escrito

Dia desses pensei em te escrever
Um poema fruto de meu sentimento
Seria um reflexo do meu viver
Ligado ao meu descontentamento

Teria como sempre minhas rimas
Mas seria triste em seu todo
Alguns considerariam minha obra-prima
Outros achariam apenas um engodo

Eu falaria de umas alegrias e de mais tristezas
Como sempre, lembraria de ti
Acabaria também falando de tua beleza
E recordaria aquele sorriso que deste a mim

Eu cantaria a dor de meu coração
E falaria de quando me sinto sozinho
Mas diria que canto apenas nessa solidão
Só escrevo nessa falta de carinho

No fim, decidi não mais escrever
Não colocaria isso no papel
E ninguém no mundo o viria ver
Porque esse lugar não precisa de mais fel.

Tradutor

Olá! E começaremos 2012 com um poema! Wee õ/

Tradutor

Busco com alegria e com paixão
Uma letra, uma palavra, uma rima
E se é essa a minha boa sina
Dedico-me a ela com todo coração

Em verdade, não existe prazer maior
Do que ouvir a pena a riscar
Do que ver um perfeito trovar
Do que escrever uma obra-mor

De fato, não sou eu o trabalhador
Quem trabalha é a poesia
Que pulsa em perfeita sintonia
E apenas me usa como tradutor

Dê, portanto, o crédito a ela
E não ao portador da pena
Ouça a poesia serena
Sinta sua alegria singela.

E aí? O que acharam?

Última noite antes da primavera

Faz MUITO tempo que eu não venho postar aqui. Culpem a faculdade. HAHAHA. Bom, o poema de hoje foi escrito com inspiração em uma música instrumental de Franco Micalizzi chamada "L'ultima neve di primavera" que vocês podem conferir clicando aqui. Vamos ao texto!

Última noite antes da primavera

Observa-se facilmente
Na última noite antes da primavera
Soturna e gelidamente
Sobre a cidade, neva

Cada floco de neve cai solitário
Aos poucos, tudo tinge-se de branco
A essa beleza nada é páreo
Ela é a unica testemunha do meu pranto

Recostado na praça, num banco
Em cada doce floco a vejo novamente
Intensifica-se deveras o meu pranto
Inebria-se com ela minha mente

Recordo tudo como um sonho bom
Cada sorriso, cada doce momento
Do vento o suave e veloz tom
E a lembrança me serve como alento

De que me adianta todas as conquistas
Se do meu real objetivo estou distante?
Por que do meu amor não tenho pistas?
Por que nunca meu amor me é bastante?

E então, o que acharam?

Amo-te, minha musa mais bela

Sem mais delongas, vamos ao post de hoje

Para uma dama ruiva de estupenda beleza

Amo-te, minha musa mais bela
Mesmo que preso tão distante
Amo-te, minha musa mais bela
Mesmo que por vezes não me pareça bastante

Amo-te, minha musa mais bela
Como se disso dependesse minha vida
Amo-te, minha musa mais bela
Juro que nunca serás esquecida

Amo-te, minha musa mais bela
Mesmo que pareça até irracional
Amo-te, minha musa mais bela
Apenas de admirar seu sorriso celestial

Amo-te, minha musa mais bela
E estarei sempre a te esperar
Amo-te, minha musa mais bela
Porque és a única dona do meu olhar

Desculpa?

Errado

Ah... Mais um post! Eu espero que gostem do poema de hoje. Sinceramente.

Errado

Tem algo errado nesse mundo
Dizem ser falta de dinheiro
Dizem ser as guerras sem fundo
Dizem ser a falta de grãos no celeiro

Como sempre, disso tudo discordo eu
Para mim, o problema desse mundo
- Dessa resposta muita gente correu -
Tudo se resume na falta de amor profundo!

De que adianta tanto produzir
De que adianta tanto ganhar
Se se vai a um coração ferir
Se se vai impedir alguém de sonhar?

Desgraça inerente ao ser humano
Apegar-se a um lampejo de felicidade
E crer nisso de modo tão insano
Que fica como falso crendo ser verdade!

E aí?

Melhor hora

Boa noite, porque passou das seis, né? - leitores!

Conforme eu havia prometido, tenho tentado produzir um pouco mais para postar aqui no blog. Sem contar que tenho uns textos engatilhados para serem postados no A Autocrítica (que vocês podem acessar clicando aqui ou buscando na barra lateral). Bom... Fiz esse poema na aula de civil Garcia me mata se ver isso e resolvi postar aqui. Veremos quantos entendem quem é a dama observada pelo eu-lírico. Vamos lá!

Melhor hora

Faceira, dançando à luz do luar
Está a mulher de felino olhar
Move-se, veloz e elegante
Dança com alegria fulgurante

Com a pele alva sob o luar
Tão branca que estava a brilhar
Move-se suave na dança acertada
Move-se sua pele imaculada

E os cabelos profundos como a noite
Movem-se rápido como um açoite
Cada fino fio negro dançava
Junto com o corpo que todo balançava

Braços e pernas em perfeita sincronia
Tudo se parecia com grande fantasia
Foi então que minha presença ela notou
Sedutor olhar sobre mim colocou

Veio aproximando-se e tornei-me temeroso
Dentro de mim corria um medo tenebroso
Mais perto, mais perto ela chegava
Meu coração agora palpitava

À face tocou-me pela primeira vez
Senti um arrepio em toda minha tez
Toque frio e suave foi o que senti
Em verdade, um beijo quase lhe pedi

Entretanto, veio o primeiro raio solar
Que sua pele veio a iluminar
Deixou-a de vez exasperada
Parecia deveras preocupada

Correu e foi-se embora
Ó sol, não havia melhor hora?
Deixou-me ali junto do pó
Para todo o sempre, só.

E então? O que acharam?

Distância

Escrevi mais um poema. eu estava no msn conversando com uma amiga que mora longe e a saudade mútua e o momento bonito da conversa me fez pensar nesse poema. Vamos lá.

Distância

Infame distância que me separa
Da dama de beleza rara
Tão longe, tão longe ela está
Será que um dia ainda voltará?

Sol! Lua! Mar! Terra! Vento!
Por que nada fica a meu contento?
Por que separam a dama
Do trovador que tanto a ama?

Por mais quente que o Sol seja
Não pode tirar-me dessa tristeza
Ó dor impossível de reparar
É essa dor de amar

E a lua flutuante no céu escuro
Coloca-me sempre num torpor puro
De saudade, amor, tristeza, inspiração
Benéfico sim, mas vós jamais a quererão

E o mar inquieto e constante
Infinito, mas nunca o bastante
Para a esse amor superar
Um amor que nunca vai terminar

E a terra firme e inerte
Impede que a acerte
Dada a distância que a separa
E a impossibilidade que me amarra

Ó todo poderoso vento,
Não sejas tu a ela violento
Seja sempre como brisa a afagar
Vá como minha saudade a ela beijar

Lágrimas... Segure-as! Não as deixe cair
Não as perca! Nem as deixe surgir
Por favor, apenas as deixe rolar
Quando eu estiver próximo para as secar.

E então? O que acharam?